quinta-feira, julho 29, 2004

Verão

Amigos(as)
 
Vou iniciar as minhas férias e estarei longe deste ponto de conversas por um tempo, mas ficaria contente de ao regressar ter alguma noticia vossa.
 
Finalmente ao fim de um ano bem cinzento vou saborear o dourado do Sol, sentir o seu calor na minha pele. Irei absorver toda a energia que puder para aguentar outro Inverno.
Por esta altura sinto-me como a formiga que armazena comoda para o Inverno, eu armazeno energia, luz e calor.
 
Se tudo correr como espero vou ter umas semanas de praia, que para mim é juntar quase todos os elementos em mim
Agua - agua do mar onde podemos mergulhar e deixar levar
Terra - areia que se cola a nós e nos dá segurança
Ar - nada melhor que a brisa maritima que nos refresca
Fogo - o Sol que nos queima a pele e nos aquece
Tudo isto ao mesmo tempo faz-nos sentir parte da natureza e deste maravilhoso mundo que loucamente queremos que faça sentido, sem que ele tenha qualquer sentido.
 
Até ao meu regresso,
                      fiquem bem e não cedam às saudades
                                                bloguem muito

 

quarta-feira, julho 21, 2004

Ciclos...

Eu não sei se são da mesma opinião, mas eu considero que as nossas vidas são ciclicas.
Alguém em tempos me disse que as nossas vidas tem ciclos de 7 anos, hummm... isso ainda não pude aferir, mas a minha vida tem tido alguns ciclos.
A sensação de que nas nossas vidas tudo corre mal e que para nos mantermos à tona é preciso esbracejar como loucos, recorrer a todas as nossas forças para simplesmente não sermos embrulhados na onda da vida, ja a senti algumas vezes e confesso que sinto-me bem no meio de uma dessas ondas, no entanto não se preocupem que sou uma excelente nadadora.
Agora mais a sério, ja tive fases da minha vida em que tudo fluia suavemente como um barco em mar de bandeira verde, que é preciso remar mas não temos obstáculos do tamanho do mundo, pronto, do tamanho de cascatas.
 Actualmente sinto-me bem no meio de um mar de bandeira vermelha e são nestas alturas que precisamos de ter mais calma e que acabamos por ter de reflectir sobre o nosso rumo, apesar de ser a altura em que menos temos concentração para outra coisa que não esbracejar.
Contudo hoje aprendi mais uma lição de vida, que apesar de me sentir perdida, há pessoas com problemas bem mais sérios e que lidam com eles de uma maneira tão mais natural que os tornam insignificantes e pior tornam a nossa angústia bem ridícula.
Ouvir aquela pessoa falar do seu problema como mais uma etapa da sua vida, de entre várias que ja a vi passar fez-me sentir algo que agora partilho.
A nossa vida é ciclica apenas para nos permitir aprender a sobreviver aos desafios da fase seguinte, por isso somos soterrados com coisas que não sabemos inicialmente resolver mas quando a tormenta passa, saimos bem mais fortes, bem mais capazes e acredito que que se eu der a esta fase em que me encontro apenas a mesma importância que a um exame, so tenho de estar atenta ao que me rodeia e responder na altura certa e passarei com distinção.
Estudem muito!

terça-feira, julho 06, 2004

Da euforia à nostalgia

A nação de bravos valentes tem destas coisas...
Está no sangue português a nostalgia e a saudade.

Já repararam que só em português existe uma palavra para descrever este sentimento que nos assola quando algo de bom termina ou se afasta.
Hoje acordei nostálgica, talvez associada ainda à noite de ontem, em que fui cheia de esperança de ver a equipa nacional ganhar o 1º lugar e vim meion tristinha a tentar sentir alguma alegria no 2º lugar...

Acordei a pensar em muitas coisas que tomam uma importância enorme no momento e quando termina fica apenas a leve lembrança, a sensação de saudade bem cravada no peito.
E isto aplica-se a tudo desde breves momentos até aos nossos amigos que estão longe ou que perdemos no caminho, por distração ou até mesmo por não reparar que nos estamos a afastar.
Saudade da professora primária, que na altura era para nós uma senhora severa, mas que agora lembro com carinho e saudade da disciplina que nos impunha para fazer com que nós pequenos pedaços de gente pudessemos ser alguém...
Saudade de ir comer amoras na árvore ou mesmo de ir apanhar figos das figueiras alheias, hoje passo pelos mesmo lugares e em vez de figueiras estão lá caixotes de betão armado e ruas de alcatrão.
Saudades de passar três meses na praia onde agora se passar 3 semanas é uma festa...

Saudades de coisas simples que me preenchem a memória.