Da euforia à nostalgia
A nação de bravos valentes tem destas coisas...
Está no sangue português a nostalgia e a saudade.
Já repararam que só em português existe uma palavra para descrever este sentimento que nos assola quando algo de bom termina ou se afasta.
Hoje acordei nostálgica, talvez associada ainda à noite de ontem, em que fui cheia de esperança de ver a equipa nacional ganhar o 1º lugar e vim meion tristinha a tentar sentir alguma alegria no 2º lugar...
Acordei a pensar em muitas coisas que tomam uma importância enorme no momento e quando termina fica apenas a leve lembrança, a sensação de saudade bem cravada no peito.
E isto aplica-se a tudo desde breves momentos até aos nossos amigos que estão longe ou que perdemos no caminho, por distração ou até mesmo por não reparar que nos estamos a afastar.
Saudade da professora primária, que na altura era para nós uma senhora severa, mas que agora lembro com carinho e saudade da disciplina que nos impunha para fazer com que nós pequenos pedaços de gente pudessemos ser alguém...
Saudade de ir comer amoras na árvore ou mesmo de ir apanhar figos das figueiras alheias, hoje passo pelos mesmo lugares e em vez de figueiras estão lá caixotes de betão armado e ruas de alcatrão.
Saudades de passar três meses na praia onde agora se passar 3 semanas é uma festa...
Saudades de coisas simples que me preenchem a memória.
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