Regresso a casa
De regresso ao universo do blog.
Senti muitas saudades de escrever, parecendo que não, isto de ir escrevendo os nossos pensamentos é algo que vicia...
Falando das Férias...
Quantos de vós pode dizer que conhece bem o seu país? Quantos podem dizer que conhecem bem as terras bem ao lado donde moram?
Pois é! Se pensarmos bem estamos sempre a pensar em viajar para destinos bem longínquos e temos o paraíso bem perto, a meia dúzia de quilómetros. Façam esta experiência, abram o mapa do vosso país e assinalem os sítios que já visitaram e observem os que ainda faltam.
Eu sou uma das pessoas que aderiu ao programa “Vá para fora, cá dentro” e ainda tenho muito que palmilhar neste meu pequeno país Portugal, sim pequeno (mas muito rico) porque basta meio-dia para o atravessar de Norte ao Sul e bem menos para visitar do litoral ao interior.
Estas férias aproveitei para viajar e ao mesmo tempo que ia deixando para trás as recordações de um ano que foi bem doloroso, descobri paisagens capazes de nos encher a alma e o coração. Comecei o percurso saindo de Lisboa em direcção ao Caramulo (Serra do Caramulo), e apesar da distância a percorrer quando chegamos lá e sentimos o ar puro e o silêncio, sabemos que valeu a pena.
Um pequeno paraíso onde estamos perto do céu e de pés bem assentes no chão. Para quem sonha com o descanso este é um destino a memorizar, para mim ficará para sempre…
O percurso continuou com a descida para o Alto Alentejo, mais precisamente Sousel, e mais uma vez tem-se paisagens lindas, bem diferentes porque se abandona a montanha para dar lugar a planícies todas cultivadas e neste caso de Vinha. Acomodada em Sousel percorri toda a área em redor, chegando mesmo a visitar a vila Espanhola mais Portuguesa de toda a Espanha – Olivença. Se algum dia passarem por Sousel, perto da hora das refeições, eu sei do sítio ideal para parar. Procurem o restaurante “O Pinguinhas”, come-se lá muito bem e somos recebidos como aqueles amigos que estiveram longe muito tempo.
Sabem, eu bem tento fugir de temas como a politica, mas existem actos de má gestão governativa que não podemos deixar de ver quando percorremos o Alentejo, ou qualquer região mais interior do país. A desertificação, o abandono ou pior as barreiras burocráticas para o desenvolvimento estão latentes a cada quilómetro percorrido em estradas com más condições, a cada passagem de nível cheia de vegetação e estações abandonadas, que em tempos foi ponto de comunicação fulcral para aquela região agora não passam de miragem e ruínas. Será que não há nada que possamos fazer? Será que nós não temos opção?
Mas nesta minha viagem conheci um casal bem simpático e para eles um especial beijo. “ Olá Beatriz e Francisco”. Este casal também resolveu vir conhecer o nosso país, são de Vigo, Leon (Espanha) e são muito simpáticos. Eles também concordam que existem pequenas maravilhas aqui escondidas e que só partindo à aventura se consegue descobrir.
Também estive alojada no Alvito. Bem bonito, com o castelo bem no centro e com umas “grutas escondidas” que foram antigas pedreiras para a produção de mós. Verdadeiros segredos bem guardados pelas pessoas dali.
Depois desci para o Algarve… Eu sou algarvia mas em Agosto é praticamente impossível saborear o meu Algarve. Saborear a praia sem ter medo de que o vizinho do lado coloque a toalha em cima da tua. Saborear um gelado sem ter uma fila de 10 pessoas para fazer o mesmo. Mas como amo a minha terra é sempre bom voltar ao nosso chão, ao lugar onde nascemos e sentimos que o coração e sangue falam mais forte.
Como podem reparar vim cheia de energia e se calhar tornei este regresso bem longo mas queria partilhar a alegria e o orgulho no meu Portugal, um país pequeno mas bem precioso com recantos dignos de visita e mostrar que basta querer que é possível conhecê-lo.
Até ao próximo blog!
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