sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Abdicando da minha vontade

Definitivamente o meu mundo anda ao contrário do resto do universo.

Passo a explicar.
Quem frequenta este espaço sabe que sou uma jovem de 27 anos muito senhora do seu nariz, que felizmente foi educada com as armas certas para sobreviver neste mundo de cão e também com as outras que me fazem levar por tabela, tais como a sinceridade, o respeito ao próximo, a honra e o brio naquilo que faço (porque hoje em dia isto são defeitos e não virtudes).

Face as rasteiras da vida tenho crescido mais depressa do que era suposto o que deu uma força imensa para lutar pelo que acredito.

Até aqui tudo bem, (pensam vocês, lá está ela a falar e dar voltas... não fosse eu algarvia de sangue e raça), o pior é quando tenho de enfrentar aqueles que eu pensava que me iam apoiar nas minhas decisões incondicionalmente.

Fui educada para ter a minha própia vontade e ser responsabilizada pelos meus actos, fossem eles os correctos ou não, tudo dependia de mim. A história de os outros também fizeram era logo cortada à partida," Tu és tu e sabes destinguir o certo do errado! " e com esta frase era arrumada qualquer desculpa mais esfarrapada.

Agora, que me considero já uma jovem adulta, consciente dos meus deveres e responsabilidades e bem ciente doque pretendo para mim e para o meu futuro, vejo-me obrigada a engolir o que penso para não ofender algumas pessoas, "para não estalar o verniz".

Que se lixe o verniz, essas pessoas deviam me respeitar como pessoa que sou, porque já me conhecem vai para 10 anos e deviam estar a apoiar não a criar barreiras com questões que servem para criar apenas uma aparencia e não é sentida.

A questão não é relevante, o que me custa é ter de ceder, porque não estou errada apenas não fui de encontro ao que eles queriam que eu fizesse.

Felizmente tenho ao meu lado aquele que vai ser o meu companheiro até o fim dos meus dias, só isso vale a pena submeter a minha vontade.