sexta-feira, janeiro 14, 2005

O tempo

Ando sem palavras para escrever, nem aqui nem na minha adorada Tese.
Cada vez que começo, vou deslizando para outras actividades e o tempo vai passando...

Cada grão da ampulheta me coloca mais ansiosa por não escrever...
O tempo tem passado por mim tão depressa.
Hoje acordei deliciosamente bem disposta e quando me olhei ao espelho,
vi uma mulher (desgrenhada é verdade!)
com alguns cabelos brancos mesmo na franja.
Daqui a pouco mudo de década e ainda tenho tanto que queria realizar....
Como gostaria de parar a ampulheta,
fazê-la libertar cada grão mais devagar,
para dar-me mais liberdade e mais tempo
para saborear estes que são os meus anos dourados.
Agora que devia estar a saborear a minha juventude,
estou preocupada com trabalho, a tese e com dinheiro(maldito sejas!!!).
Os meus projectos tem sido levados pelo tempo,
sinto-me conduzida por uma corrente forte que não mostra sinais de abrandar.
O calendário muda rapidamente, segunda, terça, quarta...
Janeiro, Fevereiro e de repente
passaram vários anos e um quarto de século escorreu pelos meus dedos,
como os grãos de areia numa ampulheta.
Cerro os dedos todos os dias mas não consigo conter a areia,
não consigo conter o tempo,
não consigo conter a vida.................
A minha vida.