11 de Setembro

Hoje é dia 11 de Setembro e para muitos hoje faz lembrar a desgraça de à cinco anos atrás.

Para mim hoje faz um mês que a minha "mais que tudo" fechou os olhos e partiu. Faz exactamente um mês que o cancro venceu uma familia em peso, que derrotou uma mulher espectacular, vencedora e vitoriosa em tudo na sua vida.

Uma mulher que veio de um meio pobre mas que construiu uma familia, um lar com tudo o que havia de moderno, que deu às filhas uma visão das artes, cinema, teatro , que deu ao marido um lar seguro e tranquilo para ele voltar depois de uma luta com o mar.
Uma matriarca que com o tempo educou duas filhas e duas netas e manteve a familia unida sob a sua alçada. A sua decisão era a última, não havia pano para discussões.

A sua marca ficou gravada a sangue e saudade em mim e vai ficar para sempre. Esta primeira fase de ausência é a pior por não sabermos como agir, pelo desconhecido, pela revolta e indignação.

Hoje ao fim de um mês a dor é a mesma, a saudade aumenta mas a certeza de que é preciso avançar com as nossas vidas não deixa de ser evidente.
Sempre lutei para ter tudo na minha vida, aprendi isto com ela e com a minha mãe, vejo-me agora a ter de lutar para não me deixar engulir na tristeza da sua ausência.

Um mês depois...