quarta-feira, abril 06, 2005

A vida activa!


Começamos a nossa vida assim Posted by Hello

Quantas vezes não temos a sensação de carregar o mundo nas costas. Sentimos um peso da responsabilidade que por vezes não pretendemos nem é da nossa competência.

O desejo de ser o melhor, de ter sucesso, o medo de falhar ou não conseguir alcançar os nossos sonhos são coisas bem marcantes que quando não conduzidas com calma podem esmagar a nossa essência.

Falo de mim também, tenho a certeza que sou demasiado exigente comigo e depois com os outros. Sei que para mim só vale se for o máximo, se for feito o melhor e muitas vezes não deve ser assim.
O inicio de vida é sempre associado aos recursos que nos permitem subsistir e usufruir o melhor da nossa idade, no entanto temos uma carga moral e ética que nos move, explicando melhor.
Dentro de nós, aqueles que tem sentimentos destes, existe um sentimento de não falhar perante os olhos de quem nos criou e fez de tudo para chegarmos bem longe. Provarmos que somos capazes de voar sozinhos agradecendo as asas que nos foram dadas. Este sentimento pode ser de tal forma forte que nos impede de voar, que pesa sobre os nossos ombros como todo o universo( que acaba por ser o nosso universo). Aqui apenas temos de seguir a lei biológica e bater as asas mesmo que tortas porque quem nos ama irá sempre ver-nos a voar graciosamente.

Também querendo ser correctos e verdadeiros temos todo o peso de uma sociedade que actualmente está desvirtuada, mas que nos exige tanto como o mais cruel dos ditadores. Temos de ser fortes, saudáveis, perfeitos e super inteligentes ou bem expertos(com cunha) e ainda jovens, lindos e esbeltos. Trabalharmos como camelos mas ainda sermos capazes de nos matar nas academias e ginásios.
Se fugirmos a este modelo somos considerados outsiders e são criadas barreiras(arquitectónicas ou não) à nossa entrada no meio.

A maioria destas coisas consigo tirar de letra mas, esta fase de estagnação mostra-me que apesar de ser honesta, trabalhadora, exigente comigo e com os outros isso não é suficiente.
No entanto, depois de me desmotivar a tentar corresponder a estes malucos todos que gerem o mundo, descobri dentro de mim uma alternativa a carregar o mundo nos ombros, é fazer cada coisa a seu tempo. Cada preocupação de cada vez, passinho a passinho até chegar ao meu destino, eu sei que estou certa na minha forma de estar e ser, e garanto-vos que isso dá-nos uma força interior que faz um pedragulho virar apenas uma pedra maior que o habitual.