terça-feira, junho 26, 2007

Fui

Fui...
Comecei bem devagarinho, ganhei-lhe o gosto e atingi a velocidade cruzeiro.
Depois, lentamente, fui abrandando para ver outras paragens.

Agora resolvi parar um pouco.

Talvez regresse, talvez me mude de vez, mas por enquanto simplesmente fui...

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domingo, junho 03, 2007

O tempo foge ...

Mais um fim de semana que se passou.
O tempo foge e quase não damos por isso.

Este fim de semana fui jantar com uns amigos que andávamos quase à dois mese para combinar algo e chegamos à brilhante conclusão, que isto não vinha "descrito nas instruções do pacote".

Traduzindo, o atingir a maioridade e a independência traz muitas coisas associadas e se formos pessoas concientes das nossas responsabilidades, deparamo-nos com a nossa juventude a ser engolida pelo stress do trabalho, pela rotina quotidiana em que os dias, as semanas e os meses são basicamente os mesmos.

Tinhamos sonhado com mais, com coisas novas, audazes, com a descoberta e redescoberta de tanta vida lá fora, mas que por temos assumidos responsabilidades vamos adiando para dias em que tenhamos mais tempo ou folga monetária.

Não me queixo, nehum se queixou realmente, só suspiramos por achar que podiamos ir tão mais além...

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terça-feira, maio 29, 2007

Verdades absolutas!

Não sei se existem verdades absolutas, mas existe certamente experiências adquiridas que nos fazem sentir que estamos perante verdades.

A minha verdade é que o nosso caminho deve ser feito com a certeza que o nosso coração nos dá, mesmo que a longo prazo seja muito doloroso, teremos sempre a certeza que fomos fieis a nós como pessoas.

Esta mensagem vai em especial para um "ser" lindo que cruzou o meu caminho já a alguns anos:
Vive a tua vida como tu gostas, não abdiques de nada por ninguém e jámais mudes o teu rumo porque alguém se atravessou nele.

A vida vai se encarregar de dar o troco a que nos feriu e por isso eu sigo em frente, ignorando as vozes daqueles que durante anos só pensaram no seu umbigo, ignorando aquelas vozes para as quais sempre fizemos tudo para as agradar e no fim ainda se acham as donas da verdade, sendo que só nos fizeram mal e nos contaram mentiras.
Talvez por isso prefira o conceito de mais vale "orgulhosamente" só do que mal acompanhada.

Pode ser que um dia isto mude, mas por enquanto apenas mantenho comigo um "muitisssimo" restrito de pessoas a quem respeito e oiço as suas opiniões, mas sempre seguindo a minha cabeça e coração, porque no fundo eu vivo dentro de mim e não dentro das vontades dos outros.

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terça-feira, maio 01, 2007

Mais uma saudade

Infelizmente mais um elemento da minha familia faleceu com cancro.
O enterro foi ontem na minha terra.

Voltar a rever a minha familia depois da morte da minha avó foi muito estranho. Pareceram-me mais velhos, gastos com as mazelas da vida.

Todos temos sofremos bastante neste último ano, isso acaba por notar-se.

Um beijo de saudade para ti, meu tio Manuel.

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quarta-feira, abril 25, 2007

25 de Abril Sempre!!

Já passaram 33 anos, mas parece que foi à uma eternidade.
A minha geração e as seguintes não entendem o foi e o que significou o 25 de Abril de 1974.

Hoje temos tudo, temos até demais.
A juventude de hoje (e alguns mais velhos) tem Liberdade a mais e usam-na para apanhar bebedeiras, roubar, estragar a propriedade alheia e embrutecer.

Agora que tem o direito à educação preferem faltar as aulas, deixar os estudos a meio para andarem por aí em bandos de vadios.

Agora que tem o direito a falar as suas opiniões preferem gastá-lo num vernáculo de asneiras e brejices, que já nem é calão nem é nada.

Falo dos jovens porque serão eles que vão ficar por cá a gerir isto enquanto os meus filhos (por nascer) crescem e se fazem homens.

Felizmente não vivi as dificuldades do tempo antes do 25 de Abril, mas fui educada a dar valor a todas as coisas que sempre tive como adquiridas.
Eu sempre tive os meus pais para brincar comigo aos finsde semana, porque foi ganha a luta da 8 horas. Sim antigamente trabalhava-se de sol a sol sem fins de semana.

Assim que fiz 7 anos fui estudar e só parei na faculdade e fiz por ser a melhor entre os meus colegas. Porque eu tive a sorte de poder aprender, pois antes do 25 de Abril só estudava quem tinha dinheiro ou vivia nas cidades grandes, por mais vontade que se tivesse, o máximo dos estudos era a quarta classe mal dada.
Aprendi a preservar os meus livros, cadernos e roupa, porque durante muito tempo houve meninos que não os tinham, muitos meninos que iam para a escola descalços sem comida. Estou a falar de 50 anos atrás, não no século passado.

Felizmente, nasci numa era em que ir ao médico levar as vacinas era para todas as crianças (apesar de detestar levar). As pessoas esquecem que isso não existia, esquecem a grande conquista que foi o Serviço Nacional de Saúde.

Eu sou uma filha dos jovens de Abril, mas nem por isso renego a luta de todos aqueles que fizeram possível este meu post hoje, onde escrevo a minha vontade.

Como veêm não se trata de cores políticas ou de anti ou pró salazarismos, trata-se de agradecer aos homens e mulheres que durante anos sofreram para que hoje eu seja uma mulher livre, com direito à palavra, ao sonho, à educação, à saúde, ao trabalho digno, à cultura e ao poder de escolher "bem ou mal" quem eu quero para governar os destinos do meu país.

Quanto às falhas da democracia actual, isso fica para outras lutas. Agora relembra-se a luta pela liberdade e festejam-se as pequenas vitórias.

25 de Abril, hoje e sempre!

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domingo, abril 22, 2007

Amanhã é segunda...

Amanhã é 2ª feira, já se passou mais um fim de semana.
Hoje soube que o cancro voltou a vencer.

Um tio meu está neste momento internado a viver os seus últimos momentos, extremamente revoltado com tudo e todos, afastando as pessoas que adora porque não aceita a doença. Este estado nervoso promove a propagação da doença.

Continuo a não perceber o destino, o motivo pelo qual as coisas são como são. Continuo a ter um ódio irremediávelmente forte contra uma doença que mata o nosso corpo, degrada a nossa vida e a de todos os que nos rodeia.

Como com qualquer doença terminal só nos resta esperar...
Esperar por um resultado que não queremos, não desejamos mas não podemos mudar.

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segunda-feira, abril 09, 2007

300

Não, este blog não é dedicado ao novo filme onde participa o "bem apessoado" Rodrigo Santoro.

Este post é dedicado ao facto de já ter feito 300 posts, só nesta página. Achei piada ao número.
Já aqui vim colocar trezentas "conversas soltas", entre desabafos, lembranças, desejos, sonhos ou apenas um sorriso.

Tenho andado triste por aqui vir poucas vezes, por ter tanto para escrever e tão pouco tempo para o fazer. Tendo andado com tantas ideias que depois não se traduzem em texto e talvez por isso achei piada por ter atingido as 300 ocasiões em que me apeteceu escrever e consegui.

Talvez antigamente não teria passado em branco a descoberta de um restaurante novo como o Nood (no Bairro Alto) seguida da descoberta que o vizinho que estava estacionado atrás não soube tirar o carro e por isso esfolou a porta do nosso de uma ponta a outra. Não teria ficado no silêncio uma saída à noite a dois com um jantarinho Nepalês e um pezinho de dança no "Bastidores".

Talvez não teria deixado passar em branco o dia das mentiras (e quase caí numa ...) ou até mesmo o desejos de boa páscoa a todos os meus amigos e não só.

Talvez nestes últimos 300 post não deixaria escapar a negligência do meu oftamologista que me preescreveu uns óculos novos com a mesma graduação dos que uso actualmente (No comments)

Sei lá, talvez seja eu que depois de ter sentido uns quantos abalos fortes acho que estes promenores por vezes deliciosos, sejam pouco relevantes para escrever aqui, porque para escrever aqui tenho de arranjar tempo (ou do almoço como hoje ou roubar um bocadinho do ponto tempo que tenho para me sentar no sofá a dois).

Seja como for este acabou por ser um post 301 muito compactado, lendo bem dava para criar mais 3, não acham?

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quinta-feira, março 29, 2007

Recomeços

Recomeçar
v. tr.,
começar de novo
.


No dicionário até parece fácil, é só começar de novo.
O dicionário ignora o histórico que o nosso coração e a nossa cabeça não conseguem esquecer, ignora as marcas do tempo e das acções praticadas sobre nós e também por nós. Ignora a saudade, a mágoa, o medo, o turbilhão de emoções que nos assola minuto a minuto.

Começar de novo, parece tão simples. Mas como não somos só compostos por definições, mas sim pessoas com alma e coração (algumas....) ficamos a pensar em tudo o que fizemos para não repetir, em tudo o queriamos ter feito e agora queremos fazer só para garantir que não ficaram mais ses na nossa vida. Mas também pensamos que se calhar não fomos nós que fizemos mal e se calhar deviamos começar de novo de forma exactamente igual.

Começar de novo não tem necessáriamente que significar fazer de modo diferente.

Começar de novo não significa que tenhamos que mudar o nosso ser, pois nós somos como somos e isso não vai mudar nunca.

Recomeçar significa apenas começar de novo após uma interrupção de algo. Recomeçar corresponde também retomar o rumo da nossa vida, agarrar com unhas e dentes o nosso destino e fazer dele o que pretendemos sem deixar que seja ele a mandar em nós.

Recomeçar continua a ser apenas começar de novo.

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sexta-feira, março 02, 2007

Sexta feira


Ainda ontem era 2ª feira e festejei o aniversário do meu avô e hoje já é sexta feira.


Sinceramente o tempo voa e quase não em dá tempo para respirar.

Sem pensar passaram 9 meses de casamento, um natal, uma passagem de ano, uma viagem, um carnaval e de repente já aí vem a Primavera.


Quero aproveitar a minha juventude mas não consigo mudar o tempo, fazê-lo andar mais devagar. Quero saborear os dias e não passá-los a dormir, trabalhar, tarefas domesticas e dormir outra vez.


Alguém consegue abrandar os dias????????

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segunda-feira, fevereiro 26, 2007

A Vida

O meu avô hoje fez hoje 82 anos. Uma idade considerável.
Apesar da idade e do desgaste considerável o meu avô ainda por momentos consegue surpreender-me e abrir-me os oslhos para o mundo que hoje me rodeia e que tanta diferença faz de antigamente.
Na brincadeira com ele disse-lhe que fazia 8 e 2 logo 10 anos.
Ele sorriu e disse-me "O tempo volta para trás"
Perguntei-lhe se gostaria de ser novamente criança para brincar aos berlindes...
Ele com a voz mais sincera que alguma vez o ouvi disse "Se voltasse a ter dez anos queria era aprender a ler. Sabes, agora as mães são obrigadas a por os filhos na escola, naquele tempo só os ricos entravam e se sobrasse lugares entravam os mais pobres. Eu brincava com eles no intervalo mas não podia ir aprender. Eu era inteligente, porque no trabalho mesmo sem ler eu anotava e sabia tudo..."

Depois destas palavras senti-me pequena. A leitura e a escrita são parte integrante de mim e por vezes até inatas, talvez por isso consiga esquecer que entre nós ainda há pessoas analfabetas, que vivem num mundo hostil, totalmente regido pelas palavras.

Hoje estou aqui na "blogoesfera" numa era digital, virtual, tecnológica etc etc, num mundo comandado pelas TI (tecnologias de informação) e penso num desejo de um velhote muito lúcido cujo o seu desejo era ter aprendido a ler...

Para o bem ou para o mal ainda bem que o nosso mundo mudou, mesmo que hoje nínguem valorize a escola, nunca mais chegaram aos 82 anos com o desgosto de não terem oportunidade de aprender só porque os pais não tinham dinheiro. Felicito-me por saber que as ferramentas estão ao dipor de todos, espero sinceramente que as agarrem e ainda bem que a selecção natural decorre da inteligência ou da "espertice" e não por questões de bens materiais.

Quanto à "esperteza saloia" não a apoio mas não sou parva, sei bem que actualmente vence o esperto sobre o inteligente, mas garanto-vos que um dia isso acaba. Os espertos ganham algumas guerras mas os inteligentes ganham a Guerra.

Voltando ao cerne do tema de hoje, Parabéns Avô, se pudesse ensinava-te a ler com muito gosto e orgulho. Tenho muito orgulho em ser tua neta.

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